Planejamento financeiro para exportação e importação de produtos

Todo processo de comercialização exige organização e um bom planejamento financeiro é primordial para uma boa operação. No entanto, um dos principais motivos que levam empresas brasileiras a interromperem os processos de exportação é a ausência ou parcialidade deste planejamento financeiro. O presidente do conselho consultivo da Unindústria e proprietário da Deholog, Antonio Carlos Carbonari Junior explicou que a carência de um bom planejamento dificulta este tipo operação que exige um fluxo constante de trabalho e monetário, bem como apresenta nuances diferentes do mercado interno.
Este fato, muito comum nas empresas, muitas vezes induzido pela falta de conhecimento, deixa de desonerar seus preços (retirada dos tributos nacionais), que no momento que tomam o caminho a exportação deixam de incidem sobre os produtos e matérias-primas, inviabilizando a negociação internacional. Carbonari desta que o caminho inverso também pode acontecer, quando se deixa de onerar preços como taxas alfandegárias, portuárias, seguros e outros custos como embalagem, desenvolvimentos, processos e mudanças que deveriam compor os produtos exportados gerando despesas não auferidas e por consequência prejuízos.
Ao final todos estes cálculos, feitos de forma empírica, em geral geram perdas ou custos adicionais. Isso, de acordo com Carbonari se dá pois os preços são pré-fixados no momento do fechamento do negócio e efetivados por meio de documentos adicionais, a tradicional nota fiscal, que muitas vezes inviabiliza a mudança do mesmo.

Negociando no exterior 
Negociar com empresas de outros continentes não segue a mesma lógica e compasso que as empresas nacionais, sendo necessário ter cuidados especiais com as diferenças socioculturais.  Para cada região ou país há peculiaridades e modos específicos de conduzir reuniões e operações, bem como a popular barganha. Carbonari destaca a importância de entender, por exemplo, que uma mulher em um pais árabe usar roupas regionais pode acelerar os negócios. Neste mesmo sentido, compreender que não entregar ou comprar uma quantidade mínima, para os chineses é normal e para os indianos é uma ofensa e isso pode fazer toda a diferença no fechamento de um negócio.
A Deholog, especializada em assessoria de importação e exportação, atua de forma mais direta com o mercado chinês. Sendo a China o pais que a empresa mais opera a nível mundial, Carbonari lembra que na casa de um provedor Chinês mulheres e crianças não participam dos negócios. “Durante a visita eles vão fumar e tomar algo alcoólico e isso é normal lá. Por isso destaco a importância de saber que quando se está em uma cultura diferente, é necessário se adequar a ela. Neste caso, por exemplo, não participar pode gerar um mal-estar. Os chineses não gostam de perder vendas e quando pressionados tendem a diminuir o preço de sua oferta inicial. Por isso é sempre importante se adequar a cultura a qual estamos”, explicou Carbonari.
Além de um bom plano financeiro, é importante entender e respeitar a cultura do país que sua empresa negociará. Neste sentido, a Unindústria promove encontros e viagens de negócios que oportunizam debater assuntos que abrangem o comércio exterior. Se você tem uma empresa que tem interesse em ingressar na importação e exportação e não é associada, faça contato conosco e informe-se para se tornar uma associada. A Unindústria está localizada na Rua Castro Alves, 39, Sala 01- Centro, Erechim-RS. Contato: (54) 2106-5982.

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